Roteiros do Viajante

Passamos a noite navegando com destino a Jordânia. Por volta das 09h desembarcamos no Porto de Aqaba. Mostramos o passaporte para fazer a imigração e pegamos o ônibus com guia da MSC para Petra. A viagem levou cerca de 2h30, o ônibus era confortável, tinha ar condicionado e banheiro. Antes de chegar em Petra paramos para lanchar. Atenção: Brasileiros precisam de visto de turismo para a Jordânia, que pode ser obtido diretamente na chegada ao aeroporto. O custo é de 40 JD (U$ 55) para o visto de entrada única válido por até 2 meses; e 120 JD (U$ 170) para múltiplas entradas válido por até 6 meses. Grupos de cinco ou mais pessoas que cheguem através de uma agência turística da Jordânia estão isentos das despesas com vistos, por isso não precisamos. 

Petra fica em uma pequena região entre o Mar Morto e o Golfo de Aqaba, ao leste de Wadi Araba (deserto que separa a Jordânia de Israel). Ela é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, foi tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade desde 1985 e é conhecida como a cidade rosa, devido a cor das suas pedras. Petra, cujo nome significa “pedra” em grego, foi construída pelos nabateus, uma tribo nômade de origem árabe que vivia na região três séculos antes de Cristo. A intenção dos nabateus era tirar proveito da proximidade de Petra com as principais rotas comerciais existentes no período e transformar a cidade de pedra em um respeitado centro comercial entre a Península Arábica e Damasco, na Síria. Entretanto, o local só foi abandonado por volta do século IV d.c., já durante a ocupação romana na região, quando um forte terremoto causou danos irreparáveis às estruturas esculpidas na montanha.

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Já em Petra, o ônibus nos deixou em frente ao hotel onde iriamos almoçar antes de voltar para o navio (o pacote que adquirimos dava direito ao almoço). Do hotel, caminhamos cerca de 5 minutos até a entrada de Petra. Passamos pela catraca, usamos o banheiro, entramos em algumas lojinhas e depois descemos caminhando com o guia da MSC até as ruínas de Petra. OBS: para ir/voltar das ruínas, você pode descer/subir caminhando (cerca de 40 minutos) ou em um carrinho de golfe (cerca de 20 minutos - valor 15 Euros por pessoa).

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No inicio da caminhada, o trajeto é rodeado por morros, pedras e vegetação. O chão é todo de areia com pequenas pedras. Depois, conforme você se aproxima das ruínas, o trajeto vai ficando mais fechado, com gigantescas pedras e vales. A vegetação vai sumindo e a cor rosa/vermelha começa a aparecer. Ao passar pela passagem “Siq”, um estreito que se estende por mais de 1 km de comprimento que é cercado por paredes com quase 80 metros de altura, você chega a famosa fachada Khazneh Firaun (“O Tesouro”). Esculpida na rocha de cor rosa, com mais de 43 metros de altura e 30 metros de largura, ela foi construída para ser o túmulo de um grande rei nabateu. Realmente, você irá se arrepiar e ficar de boca aberta com a grandeza dessa "obra prima". Sua beleza natural e os notáveis feitos arquitetônicos deste local são impressionantes!

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Depois de tirar diversas fotos e ficar alguns minutos contemplando essa maravilha, pagamos 10 dólares para os dois poderemos subir pelo caminho entre as pedras, para ver por outro ângulo, a fachada. A impressão que dá, lá do alto, é que você quase toca nela!

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Descemos e continuamos a caminhada para o lado direito, pela Rua das Colunatas (hoje restaram apenas ruínas), principal via de acesso ao Grande Templo e ao sítio religioso de Qasr al-Bint. Ali você encontra barraquinhas ao longo da rua, com produtos típicos da região. 

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Mais à frente, do lado esquerdo, está o Teatro Romano. Ele foi construído durante o governo do rei Aretas IV (4 a.c. - 27 a.c.), foi esculpido na encosta da montanha, possui três filas de assentos, sete escadas e pode acomodar 4.000 espectadores (veja a foto abaixo). É um espetáculo a céu aberto!

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Do teatro, caminhamos pela Avenida das Fachadas com tumbas construídas em cavernas modestas, que supostamente também serviam de moradia para os mais pobres. Seguimos admirando a paisagem e voltamos a pé para a entrada. De lá, fomos para o hotel onde almoçamos uma comida delicioso servida em estilo self-service. Saímos de Petra com destino ao navio, já era final da tarde. Porém, ficamos triste por ter ficado pouco tempo no local, deixando assim de conhecer o Monastério Al Deir (é um imenso portal com quase 50 metros de largura e altura que, segundo os historiadores, representava o fim da jornada na Terra, uma espécie de passagem para a vida pós-morte) e o Elevado do Sacrifício (um antigo templo ao ar livre que era utilizado durante cerimônias religiosas). 

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Petra é uma cidade única no mundo e por isso já serviu de senário para vários filmes como o Indiana Jones e a Última Cruzada, séries e até novelas brasileiras. Certamente ficará guardado em um pedaço no seu coração!

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Ruínas de Petra

Horário: Diariamente das 6h às 18h durante o verão e das 6h às 16h no inverno

Valor: Adulto 50 JD 

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